Em 1841, após ter adquirido terras neste local (São Miguel do Turvo), chegou Tenente Urias Emídio Nogueira de Barros. Mineiro de Baependi e morador de Casa Branca-SP, onde exerceu vários cargos públicos. Mas foi nesta terra – chamada de Fazenda Velha – que se tornou um desbravador. Conta-se que numa de suas viagens, a sua filha Iria – que tinha ficado em Casa Branca – mostrou a todos que estavam na casa todo o ouro que o pai havia conseguido nas buscas. Ele abriu uma trilha ao litoral, passando por Justinada (lugar em que ficou o escravo Justino), Tapiraí, Juquiá, entre outros lugares. Infelizmente perdeu um de seus filhos para as águas do Rio Ouro Fino, e acrescentou o nome Galvão a seu filho José. Homenagem ao frei; hoje santificado. Faleceu em 1881. Embora já houvesse uma capela na pequena povoação, a construção da capela que entrou para a História ficou sob a responsabilidade de Maximina Nogueira Terra, sétima filha do tenente. Já viúva, o local que já tinha sido elevado a categoria de Freguesia em 1877, ganhou uma capela em homenagem ao marido de Maximina – Miguel dos Santos Terra – e a nosso anjo protetor – São Miguel Arcanjo – em terras doadas por Teresa Augusta, sua irmã mais nova, em 02 de abril de 1884, o que fez São Miguel Arcanjo tornar-se paróquia em 1886. Em primeiro de abril de 1889, ocorreu a emancipação político-administrativa e São Miguel Arcanjo passa a ser município, e, em 30 de outubro do mesmo ano, a Câmara Municipal teve início.