Vencedoras serão apresentadas na noite do dia 25 de novembro, em uma cerimônia de premiação no Espírito Santo, transmitida online para todo o Brasil.

A iniciativa da Grande Reserva Mata Atlântica é finalista do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade, que, há onze anos, premia as melhores iniciativas em turismo sustentável do Brasil. O reconhecimento é conduzido pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo, que conta com o apoio do Ministério do Turismo (MTur).

Em 2023, foram 98 iniciativas válidas inscritas de 22 estados brasileiros e do Distrito Federal e, desse total, 25 classificadas como finalistas da premiação. As vencedoras serão apresentadas no dia 25 de novembro, em uma cerimônia de premiação na cidade de Vitória, no Espírito Santo, com transmissão pelo canal oficial do prêmio no YouTube, no início da noite.

Grande Reserva Mata Atlântica – Foto: Divulgação 

O objetivo da premiação é incentivar, reconhecer e dar visibilidade a trabalhos que se destaquem com as melhores práticas de sustentabilidade em toda a cadeia do turismo nacional no tripé social, ambiental e econômico (ESG), contribuindo com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil. Até hoje, o prêmio já recebeu mais de mil inscrições de projetos e 104 já foram premiadas, com troféus e diplomas, provenientes de todas as regiões do país.

Ricardo Borges, coordenador de comunicação e parcerias estratégicas da Grande Reserva destaca que o fato de a iniciativa ter sido reconhecida como finalista da premiação já no primeiro ano em que concorre representa uma vitória muito significativa.

“Estamos participando do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade pela primeira vez neste ano e, termos chegado à final, com tantas iniciativas inspiradoras pelo país, nos enche de orgulho, inclusive, ao lado de parceiros diretos como o Ekôa Park de Morretes/PR, a BWT Operadora de Curitiba/PR, e a Palmitolândia de Iporanga/SP, todos muito merecedores do reconhecimento. Acreditamos que o trabalho que vem sendo feito desde 2018 com a Grande Reserva Mata Atlântica vem ganhando cada vez mais força e dando voz a centenas de pessoas e instituições que constroem coletivamente a iniciativa. Participar deste processo nos ajuda a refletir sobre as conquistas já obtidas, mas também a nos conectar com iniciativas que trilham a busca por um desenvolvimento ambientalmente coerente e duradouro, tão necessário nos dias de hoje”, disse ele.

Como mencionou Ricardo, o Ekôa Park foi outro finalista da premiação. O parque de experiências ecológicas localizado em Morretes recebe visitantes desde 2018 e realiza há anos trabalhos voltados à promoção da sustentabilidade e conservação da natureza.

Ekôa Park – Foto: Divulgação 

Tatiana Perim, CEO do local, diz que estar na final desta premiação é a prova de que a trajetória percorrida até aqui foi acertada. “Estarmos entre os finalistas revela como estimular nas pessoas a consciência sobre a importância da conservação e da ‘produção de natureza’, assim como fomentar a economia local, circular, o turismo regenerativo, além da sensibilização e do encantamento das pessoas com a natureza são estratégias assertivas para a promoção de um turismo ambiental e socialmente responsável”, pontua.

A Palmitolândia é outra finalista. A empresa reúne agricultura, gastronomia e turismo para ensinar os visitantes a apreciar o palmito além da salada. Localizada no Vale do Ribeira, em São Paulo, a fazenda onde são cultivados 100 mil pés de pupunha trabalha o palmito de forma integral, oferecendo ao turista desde brigadeiro de palmito e cerveja, até a possibilidade de produzir a própria vassoura com folhas de palmeira. Lá são servidos mais de mil pratos à base de palmito, além de itens – como pratos e artesanatos – feitos com diversas partes da palmeira. Gabriela Rodrigues, fundadora e diretora da empresa, destaca que integrar o time de finalistas da premiação é “uma das coisas da vida que não tem preço”.

“Estar ao lado de uma iniciativa como a Grande Reserva, essa valiosa rede que reúne tanta gente querida e iniciativas inovadoras que visam a construção de um futuro melhor é uma enorme honra. A Palmitolândia é meu propósito de vida e o que me leva a fazer sempre mais e melhor com o ‘ouro branco’ que cultivamos no coração da Mata Atlântica”, diz ela.

Adonai Arruda Filho, fundador e diretor geral da BWT Operadora de Turismo e da Serra Verde Express, mais uma finalista que também integra a iniciativa da Grande Reserva, destaca que para qualquer negócio, é mais que necessária a compreensão de que a garantia de boas práticas responsáveis com a conservação da natureza é fundamental para a sobrevivência do planeta e da vida humana na Terra. A BWT já venceu o prêmio três vezes e foi para a final cinco. “A alegria de estarmos novamente entre os finalistas é enorme”, destaca Adonai.

Categorias

Na noite de 25 de novembro, serão reconhecidas dez iniciativas vencedoras em duas categorias (Gestão/Governança e Experiência/Produto). O prêmio também vai valorizar na categoria “Destaques” projetos inovadores, com menos de dois anos de atividades; além de trabalhos de comunicação e pesquisas acadêmicas que tenham grande potencial na construção de um turismo mais sustentável no país, na avaliação dos jurados.

As iniciativas finalistas serão avaliadas com base nos critérios: abrangência, replicabilidade, relevância, inovação, coerência, extensão do impacto e contribuição com a mitigação dos efeitos negativos das mudanças climáticas. Além disso, os participantes do prêmio serão analisados, em todas as etapas do processo seletivo, quanto aos seus alinhamentos com os valores do Prêmio Braztoa: ética e transparência; comprometimento e responsabilidade; colaboração e parceria; inovação; criatividade; dinamismo e resiliência; e sustentabilidade sistêmica.

Grande Reserva Mata Atlântica – Foto: Divulgação 

Alinhamento aos ODS, da ONU

Outra conquista recente da Grande Reserva Mata Atlântica veio no dia 19 de outubro, quando a Rede de Portais da iniciativa foi apresentada no Congresso SESI ODS 2023 e foi reconhecida, pelo segundo ano consecutivo, como uma iniciativa alinhada às boas práticas para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, os 17 objetivos estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, e que compõem uma agenda mundial para a construção e a implementação de políticas públicas que visam guiar a humanidade até o ano de 2030. A agenda faz parte de um Protocolo Internacional assinado em 2015 por 193 países, entre eles o Brasil, durante a Assembleia Geral da ONU.

O reconhecimento foi ao IAMUQUE (Instituto a Mudança que Queremos), criado e dirigido por Marcos Cruz, turismólogo e coordenador da Rede de Portais da Grande Reserva, que é um espaço supra institucional neutro, aberto, sem níveis hierárquicos e constituído por instituições públicas, empresas privadas, organizações da sociedade civil e indivíduos que atuam para divulgar e promover o desenvolvimento sustentável na região da Grande Reserva Mata Atlântica. Atualmente, mais de 700 membros integram a Rede. Foi a sexta vez que o IAMUQUE foi reconhecido por suas iniciativas em prol dos ODS.

Para Marcos Cruz, “o fato de a instituição receber o Selo SESI ODS em 2018, 2019, 2020, 2021, 2022 e 2023 é um excelente indicativo de que as parcerias realizadas em prol do desenvolvimento sustentável e da geração de emprego e renda vêm prosperando”, disse.

Sobre a Grande Reserva Mata Atlântica

A Grande Reserva Mata Atlântica é uma iniciativa voluntária que reúne diversos atores – públicos, privados, comunitários, não governamentais e da academia – para promover ações de desenvolvimento regional focadas no turismo de natureza dentro do maior remanescente de Mata Atlântica do mundo. São cerca de três milhões de hectares de ambientes naturais conservados, localizados entre o Paraná, o sudeste de São Paulo e o nordeste de Santa Catarina.

Ao abrigar uma rica vida selvagem, montanhas, cavernas, cachoeiras, baías, manguezais e praias, a área é considerada um importante patrimônio natural, cultural e histórico. A iniciativa da Grande Reserva Mata Atlântica, criada em 2018, visa tornar a região conhecida e projetá-la como um dos mais importantes destinos de turismo de natureza do Brasil e do mundo.

Grande Reserva Mata Atlântica – Foto: Gabriel Marchi

A área da Grande Reserva corresponde à cerca da metade do tamanho do território da Costa Rica, que há muito tempo é um conhecido destino de natureza de relevância mundial, e é a casa de espécies únicas, como o  mico-leão-da-cara-preta, o papagaio-de-cara-roxa, o muriqui-do-sul, entre diversas outras ameaçadas ou endêmicas.

Sua posição privilegiada, em uma região onde a Serra do Mar se aproxima da costa do Atlântico, garantiu a sobrevivência deste patrimônio até os dias de hoje. É também um local altamente privilegiado no mundo (um hotspot) para a observação de aves, muitas, que só existem no território. Além disso, o relevo acidentado permite a existência de importantes mananciais que abastecem desde pequenas comunidades até grandes centros urbanos, localizados proximamente ao seu entorno.

Para saber mais, acesse https://grandereservamataatlantica.com.br/.

Reportagem: Claudia Guadagnin, da Assessoria de Imprensa da Grande Reserva Mata Atlântica.