O povo brasileiro tem suas raízes profundamente conectadas à Mata Atlântica. Pessoas de todos os cantos do mundo vieram para cá e estabeleceram, nas florestas, a sua morada. Fizeram deste bioma a sua casa. Um dos maiores orgulhos de ser brasileiro é justamente ser múltiplo, ser um pouco de cada ancestral. E foi neste ambiente tão diverso que muitos encontraram oportunidades e o país se desenvolveu. Um povo, porém, não é completo se não preservar as suas raízes, se não souber de onde veio e quais foram as influências que o trouxeram até aqui. Manter vivas e valorizar as expressões culturais que nos representam e nos unem é um compromisso de todos.
As comunidades indígenas, como os guaranis e os kaingangs, detém saberes ancestrais e conhecem este território como ninguém, uma vez que já conviviam com este ambiente muito antes da chegada dos colonizadores. Além disso, estes povos ainda sabem escutar os sons da natureza, que muitos deixaram de ouvir.
Mas esta relação íntima com o ambiente também faz parte do cotidiano de comunidades que trazem influencias de outros cantos do mundo. Os caiçaras são os descendentes de negros, europeus e indígenas, habitantes da costa brasileira e grandes conhecedores dos mares, das baías, das restingas e dos manguezais.
Já as comunidades quilombolas são uma parte do continente irmão, africano, e ainda hoje mantêm suas tradições de íntimo contato com a natureza e exímio cultivar da terra em sistemas que esbanjam harmonia.
Por fim, ainda existem as colônias, grupos que chegaram ao Brasil mais recentemente e que ainda mantém vivas as suas tradições. São muitos países representados, entre eles os portugueses, italianos, espanhóis, alemães, japoneses, poloneses, ucranianos, árabes e muitos outros.
A Grande Reserva Mata Atlântica ainda preserva grande parte desta diversidade cultural e este é um dos pilares que transforma esta região em uma das mais especiais em todo o mundo. Conhecer este lugar também é mergulhar fundo nas origens do Brasil.